Nos últimos anos houve um aumento considerável no percentual de profissionais femininas atuando no setor do agronegócio. As áreas vão muito além das empresas familiares, as mulheres têm buscado formação e construído carreiras de grande êxito na área rural.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de estabelecimentos rurais administrados por mulheres teve um aumento de 38% num período de 12 anos, entre 1998 e 2020.
Uma pesquisa de 2021, realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), mostra que 59,2% das mulheres que atuam na área são proprietárias ou sócias; 30,5% fazem parte da diretoria e atuam como gerentes, administradoras ou coordenadoras; e 10,4% são funcionárias e colaboradoras. Além disso, 57% participam ativamente de sindicatos e associações rurais. Os números demonstram que as mulheres estão em todas as áreas do agronegócio, seja em funções administrativas, técnicas ou que exijam força.
O campo sempre contou com a presença feminina, mas, até pouco tempo, apenas em espaços secundários. A tomada de posições de liderança é recente e tem grandes expectativas de avançar.
Aquela que apenas apoiava o marido na atividade rural deu lugar à proprietária que faz a gestão da sua lavoura de ponta a ponta.
No Brasil, de acordo com a Actionaid, apenas 1 em cada 5 áreas de cultivo são lideradas por mulheres. Mesmo com tantos desafios, elas não deixaram de lutar pelo seu espaço e sua independência.
As mulheres se destacam por possuírem uma boa gestão e facilidade em relacionamentos; por ser uma profissional multitarefas; tem sensibilidade aguçada; apresenta-se com uma imagem sempre positiva; tem uma capacidade enorme de superação e perseverança, além de serem ótimas em todas as as áreas em que optem por seguir, pois estão sempre buscando superação.
Milena Bigolin Skalski