Segundo especialistas, entre o El Niño, perto do fim, e a La Niña, que se projeta para o segundo semestre, haverá um período chamado de transição conhecido como uma fase neutra, que não deve ser confundida com normalidade no clima – e que tende a ser muito curto, na segunda metade deste outono e eventualmente avançando até o começo do inverno.
Conforme a mais recente estimativa da NOAA, há uma probabilidade de 83% de que o El Niño chegue ao fim e o Pacífico Equatorial evolua para uma condição de neutralidade agora no trimestre de abril a junho que vai marcar o outono.
Dados da MetSul mostram as seguintes projeções:
Para o trimestre de maio a julho, as probabilidades são de 3% de El Niño, 65% de neutralidade e 32% de La Niña.
Para o trimestre de inverno de junho a agosto, 1% de probabilidade de El Niño,37% neutro e 63% de La Niña.
No trimestre de julho a setembro, 1% de El Niño, 24% de neutralidade e 75% de La Niña.
No trimestre agosto a outubro, 1% de El Niño, 17% de neutralidade e 82% de La Niña.
No trimestre de primavera, por fim, entre setembro e novembro, 1% de El Niño, 14% de neutro e 85% de La Niña.
Dessa forma com base na estimativa da NOAA, haveria uma repetição do que se viu no ano passado, mas com sinal contrário. Em 2023, a transição de La Niña para El Niño foi muito rápida. Para 2024, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos projeta uma transição novamente muito rápida, mas desta vez de El Niño para La Niña.
Ainda, sabe-se que a La Niña resfrie as águas do Pacífico, a queda de temperatura ainda não indica sua chegada. Na verdade, o que está acontecendo neste mês indica que águas profundas e mais frias começaram a atingir a superfície.
De acordo com a MetSul, isso impulsiona a formação de águas mais frias que a média na faixa equatorial do oceano Pacífico, chamado de ressurgência, o fenômeno altera o oceano e a atmosfera, o que dá início a um processo que provavelmente levará à chegada do La Niña.
