Clima e produtividade

As empresas vêm investindo cada vez mais em tecnologias e infraestruturas capazes de suprir à demanda de lavouras diretamente impactadas às variações climáticas. A seca é uma das principais ameaças para a eficiência das lavouras e consequentemente a alimentação do mundo.

A necessidade de irrigar, fornecendo água para as plantas, possibilitou com que as antigas civilizações criassem os primeiros sistemas de irrigação, como o que foi observado no Egito e Mesopotâmia por volta de 5.500 a.C. Essas técnicas estão avançando a cada dia, aprimorando o processo de direcionar artificialmente a água para terras agrícolas, permitindo um maior controle do humano frente a agricultura.

Segundo estudos, os recursos morfológicos e fisiológicos das plantas tolerantes à seca são integrados para minimizar a perda e maximizar a absorção de água. Elencamos algumas características que ajudam a planta na absorção de água:

  • áreas foliares reduzidas e apresentar folhas pequenas ou agulhas;
  • folhas grandes, mas têm “canaletas” nas folhas para reduzir sua área foliar;
  • folhas cobertas por cera, a qual serve para conservar a água dentro da planta;
  • Presença de pelos finos nas folhas de algumas plantas, retendo a umidade na superfície da folha;
  • Aumento da profundidade das raízes e aumento do seu volume. Com maior número de raízes e mais espalhadas, encontrar água no solo passa a ser uma tarefa mais fácil.

Estudos buscam a cada dia, desenvolver cultivares que terão mais eficiência frente as mudanças do clima, proporcionando o aumento da produtividade das culturas, mesmo sob estresse frente ao clima.

Escapando da seca:

Rápido desenvolvimento fenológico: Para escapar a dessecação uma das habilidades das plantas é completar rapidamente seu ciclo vital antes mesmo que seus tecidos atinjam uma deficiência hídrica. Estas plantas são encontradas tipicamente em condições de regiões semiáridas, onde possuem a capacidade de germinar, florescer e produzirem sementes de uma forma rápida, durante um curto período de chuvas, sendo que completam seu ciclo antes que a umidade presente em seus tecidos diminua.

Plasticidade: flexibilidade de encurtar ou prolongar seu ciclo em função da quantidade de água ofertada, ou seja, em condições de baixa pluviosidade em determinadas espécies reduzem seu crescimento vegetativo, produzindo uma menor quantidade de flores e sementes, porém havendo a disponibilidade de água no solo, apresentam um vigoroso crescimento vegetativo com várias sementes e flores.

Redução da transpiração: Reduzir a perda de água quando há condições de deficiência de água é uma medida tomada pelas plantas. Fechamento estomático, estômatos menores, epiderme com parede celular densamente cutinizada e com espessa camada de cera, pilosidade e o próprio enrolamento das folhas são típicas características apresentada por elas, justamente para evitar a perda de água.

Medidas morfológicas: Medidas morfológicas tomadas pelas plantas também são consideradas como tolerância a dessecação, como: enrolamento de folha, mudança no ângulo da folha, enraizamento rápido e profundo, manutenção das folhas fontes, perfilhamento e remobilização de reversas.

Aquaporinas: Descobertas por Dr. Peter Agre, as aquaporinas são canais de proteínas que facilitam o transporte de água, sendo particularmente abundantes em plantas superiores. Há fases nas plantas, que a água e os solutos são altamente regulados, sugerindo a presença de aquaporinas, como por exemplo em estruturas reprodutivas, desenvolvimento e germinação de sementes, e no próprio desenvolvimento de tecidos.

Proteínas LEA: Além serem principalmente ativas em sementes, seus respectivos genes são também induzidos em resposta ao estresse hídrico em fase vegetativa e estruturas reprodutivas. Há relatos também que em condições de temperatura baixa, estresse hídrico, aplicação de ABA e salinidade, ocorre sua síntese

Dentre os avanços na tecnologia, tanto com irrigação, quanto no melhoramento de plantas, empresas buscam alternativas para tornar a agricultura mais segura, mesmo com tantos intemperes climáticos. Uma das opções é o seguro agrícola, o qual normalmente fornece cobertura desde o plantio das sementes até a colheita. Diante disso, percebe-se que apesar do agricultor ser dependente do clima, existem mecanismos que minimizam os efeitos e fornecem mais segurança a sua produção.

(LARCHER, 2000).(HONGO-BO et at., 2005). (KRAMER, 1980).(KRAMER, 1995).(INMANBAMBER & SMITH, 2005). (BOYER, 1970).(GASPAR, 2011).maissoja.com.br

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