Efeito El Niño na cultura de inverno

Os últimos meses deste inverno no Rio Grande do Sul, estão sendo marcados por temperaturas mais altas, o motivo é a presença do fenômeno El Niño, que favorece a formação de bloqueios de calor, além disso, há possibilidades de chuva mais acentuadas para o segundo semestre deste ano. 

Segundo a Emater/RS em agosto de 2023, o plantio do Trigo foi praticamente concluído no Rio Grande do Sul  e as lavouras encontram-se na fase vegetativa (perfilhamento e elongação). Os relatos de campo demonstram que a cultura está em fases mais adiantadas para a época devido às condições climáticas.  

O maior desafio é o manejo de doenças, temperaturas acima da média e períodos com excesso de chuva trazidos pelo fenômeno, que formam um ambiente causador de giberela, principal doença do Trigo que ataca a planta a partir do espigamento até a fase final de enchimento de grãos. 

Durante as primeiras fases de estabelecimento da cultura praticamente não houve clima frio, o que acarretou em redução de um bom estabelecimento de plantas. Sabe-se que para um bom desenvolvimento a temperatura ideal é de 15º a 20ºC e durante a floração e espigamento é que a planta está mais suscetível aos danos por temperaturas extremas, causando esterilidade e reduzindo a formação de grãos. 

No RS, as lavouras foram implantadas mais tarde, com espigamento do Trigo previsto entre agosto e setembro. 

Importante o monitoramento do produtor tanto da lavoura como das previsões climáticas, fazendo um bom controle preventivo. 

Com esse efeito do El Niño o inverno é menos rigoroso, e dificulta avanços de frentes frias, além disso, com o ar mais seco provoca dias longos de secas.  Consequentemente, essas alterações climáticas acarretam diversas instabilidades e preocupações ao produtor, como também um acumulado de chuvas, previsto segundo o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), o que prevê um risco para próximo a colheita do Trigo, por exemplo. 

Vale ressaltar a importância de uma avaliação de riscos para a lavoura, assim como entender quais ferramentas estão à disposição para o produtor, como o seguro agrícola, avaliar quais estão sendo os planejamentos e somando boas estratégias para as possíveis reduções de produtividade. Por fim, monitorar e acompanhar seu negócio, gerenciando principalmente os seus riscos. 

 

 

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